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Resumo
O presente artigo analisa a longa e inabalável hegemonia do projeto audiovisual de Steven
Spielberg na conformação da memória do Holocausto judeu. Mais de 15 anos após o
lançamento de “A Lista de Schindler” (1993), o cineasta norte-americano segue sendo
uma espécie de “curador” do imaginário ocidental acerca do extermínio dos judeus
europeus, reafirmando o poder do que se convencionou denominar de indústria cultural.
O sucesso de Spielberg é analisado sob a lógica contemporânea de uma “cultura de
consumo”. Assim, a memória das vítimas e sobreviventes, bem como a própria história
do genocídio de seis milhões de judeus, condenados por Hitler, são embalados – na
cinematografia spielberguiana – para um consumo global que resulta numa inevitável
simplificação e naturalização histórica, com consequências funestas para as gerações
futuras.
Palavras-Chave
Cultura de Consumo – Steven Spielberg – A Lista de Schindler – Holocausto – Memória
& História