O grande vencedor do Oscar 2024, o filme Oppenheimer é uma obra que merece nossa atenção em diferentes aspectos. Com a impressionante contagem de 7 estatuetas, incluindo a tão almejada de Melhor Filme, Oppenheimer, também conquistou corações e mentes.
Sob a habilidosa direção de Christopher Nolan, o filme nos envolve com sua narrativa e subtramas; como a caça às bruxas aos comunistas, e nos faz mergulhar em um mundo de imagens paradoxais como a do cogumelo atómico, gerado pela bomba. Imagens que garantiram os prêmios de melhor fotografia e montagem do ano.
Não podemos esquecer da atuação de Cillian Murphy, que trouxe à vida a complexidade de J. Robert Oppenheimer, o pai da bomba atômica, um homem cuja história nos faz refletir sobre os dilemas éticos da ciência. Murphy é o primeiro irlandês a receber o prêmio de melhor ator.
Robert Downey Jr. (o eterno Homem de Ferro) também se destacou interpretando o antagonista do filme e levando Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.
Oppenheimer em toda sua contradição nos chama a atenção para a necessidade de uma consciência global contra as Guerras. Neste momento crucial da história, onde países com potencial nuclear estão em guerra como a Rússia e a Ucrânia e o massacre de Israel na faixa de Gaza onde um ministro diz que bomba nuclear em Gaza é ‘opção’, é importante que esse debate volte a pauta e ressoe alto, nos lembrando da importância de buscarmos um mundo mais pacífico e justo para todos. Que Oppenheimer sirva como um lembrete poderoso do poder do cinema para inspirar, provocar e transformar e assim possamos alimentar o debate das lutas por um futuro em que a paz e a igualdade prevaleçam sobre a guerra.
Felipe F. Neves